Gota D'água

Sempre que falamos que algo foi "a gota d'água", a conotação é negativa. Mas como tudo na vida, essa metáfora também é relativa.

Duvida? Então vamos usá-la para definir dois momentos diferentes do Vasco...

Dia sete de Dezembro de 2008. Vasco 0 x 2 Vitória. Com certeza o pior dia da minha vida e da história do Vasco. Rebaixamento. Vergonha. Humilhação.

Era a gota d'água. Aquela que transborda a tristeza e causa as lágrimas do torcedor.

Corta para hoje: nove de maio de 2009.

Vasco 1x0 Brasiliense. Estreia na Série B.

Jogo duro. Um primeiro tempo em que o time dominou, mas não finalizou. Um adversário fechado, como era o esperado. Élton, Pimpão e Carlos Alberto perderam boas chances, mas nada foi mais perigoso que o chute de Alison, que acertou as mãos de Fernando Prass e a trave esquerda.

Veio o segundo tempo e o Vasco melhorou. Se impôs ainda mais e criou chance atrás de chance. Até o passe de Ramon encontrar os pés de Pimpão, e os pés de Pimpão encontrarem espaço para um milimétrico chute no ângulo de Guto. Belo gol, Vasco 1x0.

A torcida explodiu. 15 mil vozes mostraram que o amor não tem divisão, e todos torcemos como se fosse a final do Mundial Interclubes.

Após alguns sustos, fim de jogo. Primeiros pontos conquistados na Série B. O começo da jornada saiu como todos esperavam.

Foi a gota d'água.

Pois é com uma gota d'água que nasce uma cachoeira. Um rio. Um oceano.

Que esteja nascendo um novo Vasco, no embalo de um time cheio de raça e com alguma técnica. Um time de jogadores voluntariosos e talentosos, que a cada gota de suor derramada cria uma enxurrada de paixão nas arquibancadas.

P.S: a foto de hoje eu tirei da internet. O blogueiro de primeira viagem aqui esqueceu sua máquina digital em casa. Era muita coisa também: câmera, credencial, etc, etc. A partir de semana que vem, só fotos inéditas.