segunda-feira, 22 de junho de 2009

Papai Sabe Tudo

Fico impressionado com o meu pai.

Em 1995, quando eu e meu irmão ainda jogávamos no Vasco, ele nos deixou ficar para ver o primeiro treino dos novos reforços do Vasco para o Brasileiro daquele ano.

Entre eles, não preciso dizer, Juninho Pernambucano. Que, em sua primeira participação no coletivo, pegou uma bola de costas para o ataque, olhou para a ponta, levantou a bola com um toquinho a la beach soccer e fez um lançamento magistral para o lateral-esquerdo Bill (desse, com razão, poucos lembram).

Na mesma hora meu pai virou-se para mim e disse:

- Esse aí chama a bola de você.

Profecia cumprida monumentalmente, não preciso nem dizer.

Corta para 2009. Há umas duas rodadas, meu pai me disse que achava que havia um racha no grupo. Discordei. Convivi um tempo com estes jogadores no meu trabalho, e sentia-os todos muito unidos.

Mas após a partida contra o Caxias, Leo Lima disparou.

- Temos que parar de fazer gracinha na hora do treinamento de finalização. Quando chega a hora do jogo, não conseguimos acertar. Nem todos fazem isso, mas precisamos parar um pouco com essas brincadeiras nos treinamentos. Temos de colocar na cabeça que isso é a nossa carreira.

Claro que, quando o momento é ruim, tudo é jogado no ventilador. Claro que Leo Lima, que vem jogando bem e mostrando profissionalismo como nunca antes, falou aquilo de cabeça quente. Claro que foi um erro, pois roupa suja se lava em casa.

Mas claro, também, que há algo podre no reino de São Januário.

3 comentários:

  1. Thiago,
    Voce é um filho adorável e de uma memória incrível, como ainda lembra daquele comentário?
    E quanto ao racha ? Agora acredita no que te disse ?
    Abilio Teixeira

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  2. Thiago,
    Seria possível verificar porque é tão difícil postar os comentários, invariavelmente é necessário faze-lo por duas a três vezes.
    Abilio Teixeira

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  3. Thiago,
    Queimei a lingua, desta vez foi de primeira.
    Abilio Teixeira

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