segunda-feira, 21 de setembro de 2009

El Comandante


Quando o Vasco caiu, e logo depois a diretoria anunciou que Renato Gaúcho não seria o técnico no então vindouro ano de 2009, a grande pergunta foi: quem vem?

Em um mercado extremamente restrito e inflacionado de grandes técnicos com experiência para um desafio deste tamanho, a escolha era difícil. Eu sonhava com Abel ou Autuori, dois vascaínos que teriam que abrir mão de petrodólares.

A diretoria trouxe Dorival Júnior, então técnico do Coritiba. E eu achei certo.

Desde então, Dorival teve um aproveitamento excepcional no comando do Vasco. E não estou falando de jogos, mas de comando, indicações e foco de trabalho.

Quando a torcida quis decolar com a boa campanha do Estadual, Dorival foi a âncora que segurou a todos no chão. Até nas maiores vitórias ele tinha alguma crítica - construtiva, diga-se ou reclamação a fazer.

Hoje, com a equipe quase classificada e 2010 logo ali - daqui a pouco você vê o primeiro Papai Noel na TV e percebe que o ano acabou - Dorival já pensa adiante, no que o Vasco precisa para fazer um bom papel na primeira divisão.

A diretoria sabe que o planejamento do ano que vem começa por Dorival. Dorival já fala em renovação. É hora de tentar manter um casamento que deu muito certo entre um técnico competente e uma equipe aguerrida, ansiosa para mostrar seu valor.

Acho que só meu pai não gosta dele. Talvez para provar aquela frase de Nelson Rodrigues, de que "toda unanimidade é burra".

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